O que é ponto de equilíbrio e como uma PME pode alcançá-lo

Aprender como calcular o ponto de equilíbrio de PME é uma poderosa ferramenta de gestão. Afinal, a rotina de um pequeno e médio empresário é atribulada, tendo que responder sozinho por diversas tarefas.

Dessa forma, dominar as métricas gerenciais é fundamental para conduzir de forma eficiente a organização. Pois, embasado em dados e números, a probabilidade de obter sucesso no negócio é maior.

Mas, afinal, o que é o ponto de equilíbrio de PME e como fazer para descobrir esse indicador na sua empresa? Continue lendo esse post que vamos explicar tudo o que você precisa saber!

O que é ponto de equilíbrio?

O objetivo de qualquer empresa é gerar lucro, uma vez que é ele o responsável por mantê-la funcionando. Entretanto, como saber, realmente, se a empresa está lucrando? É justamente nesse ponto que entra o ponto de equilíbrio, ou break even point, como também é conhecido.

Trata-se do montante de receita necessário para cobrir todos os custos envolvidos na produção e comercialização de um produto. Ou seja, é o quanto você precisa vender para cobrir todas as suas despesas.

Basicamente, o ponto de equilíbrio de PME é o “ponto zero”, onde a organização não tem lucro e nem prejuízo, mas serve para saber, exatamente, a partir de que momento a empresa passa a ser lucrativa ou a acumular prejuízos.

Portanto, se para um comerciante o ponto de equilíbrio é de 150 itens, mas ele vendeu 160, obteve lucro proporcional à receita de 10 peças. Todavia, se apenas 130 unidades foram comercializadas, houve prejuízo equivalente a 20 peças.

Agora que você entendeu do que se trata o ponto de equilíbrio, o próximo passo é descobrir qual é o da sua empresa.

Como calcular o ponto de equilíbrio de PME?

Para descobrir o ponto de equilíbrio, basta dividir o custo fixo total da sua empresa pela margem de contribuição.

Então, para que o resultado seja o mais real possível, essas variáveis precisam ser descobertas com precisão.

Por isso, considere:

  • Custos variáveis: relativo a fabricação e comercialização do produto, incluem mão de obra ligada a produção e matéria-prima (no caso de uma fábrica), custo pago pela mercadoria, fretes, comissão, impostos etc. Quanto maior for a venda, maior é o valor dos custos variáveis.
  • Custos fixos: são despesas que não estão relacionadas com o volume de venda, como, por exemplo, aluguel, luz, internet, telefone, salário dos funcionários, equipamentos de escritório etc.
  • Margem de contribuição: trata-se do custo para fabricar um produto ou executar um serviço. Para saber qual é a margem de contribuição da sua empresa, basta subtrair o total de despesas variáveis pelo faturamento.

Exemplo prático do ponto de equilíbrio

Imagine uma pequena fábrica de camisetas personalizadas, cujo faturamento é de R$ 20 mil, as despesas variáveis somam 4 mil e as despesas fixas totalizam R$ 5 mil. Portanto, teríamos:

  • Custo fixo (CF) = 5.000
  • Custos variáveis (CV) = 4.000
  • Receita total (RT) = 20.000
  • Margem de contribuição (MC = RT – CV) = 16.000
  • Índice da margem de contribuição (MC ÷ RT) = 0,8

Nesse caso, basta substituir os valores e teríamos:

  • Ponto de equilíbrio = Custo fixo/índice da margem de contribuição
  • Ponto de equilíbrio = 5.000/0,8
  • Ponto de equilíbrio = 6.250

Ou seja, quando essa empresa atingi a receita de R$ 6.250,00, ela cobre todas as despesas, e a partir desse montante, o que ela consegue vender é lucro. Em casos em que a conta indica prejuízo, as dicas são:

  • Rever os custos de fabricação
  • Diminuir as despesas fixas e variáveis
  • Aumentar o faturamento da empresa
  • Investir em meios para aumentar a produtividade e reduzir despesas

Agora, basta você reservar um espaço na sua agenda, levantar todos esses valores e fazer o cálculo do ponto de equilíbrio de PME do seu negócio. Depois disso, basta analisar estrategicamente as suas ações visando máxima eficiência.

Mas, antes disso, que tal dar uma lida em nosso artigo com os 5 principais problemas financeiros das PMEs e como resolvê-los!? 

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